Tomamos decisões o tempo todo, desde as escolhas mais simples, como o que comer no café da manhã, até decisões mais complexas, como a forma como interagimos com as pessoas ou gerenciamos nosso tempo. Essas decisões impactam significativamente nossas vidas, o que explica por que são temas de grande interesse para especialistas em diversas áreas, como neurociência, psicologia e sociologia.
No mundo dos negócios, a tomada de decisões ocorre em todos os níveis, e o sucesso de uma empresa depende de como essas decisões são feitas. Funcionários, gerentes e executivos tomam decisões diárias que podem melhorar ou prejudicar o negócio. Essas escolhas determinam, por exemplo, se os problemas são identificados e resolvidos ou ignorados, afetando diretamente o desempenho da organização.
Apesar disso, há uma tendência de focarmos mais atenção na solução de problemas do que no próprio processo de tomada de decisões. Sem boas decisões, os problemas não podem ser resolvidos de forma eficaz. É essencial, portanto, compreendermos como tomamos decisões para garantir que elas sejam as melhores possíveis e impulsionem melhorias concretas.
O processo de tomada de decisões pode ser dividido em cinco estágios principais: percepção, intenção, avaliação, ação e reflexão. Esses estágios são fundamentais para orientar decisões bem pensadas, equilibrando riscos e benefícios, e permitindo, no final, o aprendizado com os resultados.
O primeiro estágio, “percepção”, envolve nossa capacidade de ver a realidade ao nosso redor e identificar os problemas que merecem atenção. Sem perceber adequadamente a natureza de um problema, qualquer solução aplicada será ineficaz. É o ponto de partida para uma boa decisão.
O segundo é a “intenção” que determina nossa vontade de agir com base no que foi percebido. Não basta identificar o problema; é necessário ter a determinação e motivação para enfrentar a situação e buscar possíveis soluções.
O terceiro estágio é a “avaliação”. Nessa fase, analisamos os riscos e benefícios de agir ou não. Isso envolve considerar se temos os recursos, o conhecimento e o apoio necessários para lidar com a situação. Tomar decisões sem uma avaliação criteriosa pode resultar em desperdício de tempo e esforço.
O quarto trata da “ação”, momento em que, com base na “avaliação”, a decisão é executada em termos práticos. Ação precisa e bem executada é crucial para transformar a decisão em resultados concretos.
Por fim, o último estágio é a “reflexão”, o momento de analisar os resultados da decisão tomada. Esse passo é muitas vezes negligenciado, mas é essencial para garantir que as lições sejam aprendidas e aplicadas no futuro. Refletir sobre o impacto das decisões nos torna mais preparados para resolver problemas semelhantes no futuro.
No ambiente de gestão, a tomada de decisões bem estruturada pode ser um poderoso motor de transformação. Desenvolver habilidades comportamentais e cognitivas em cada um dos cinco estágios — percepção, intenção, avaliação, ação e reflexão — leva a uma melhoria contínua na capacidade de gerenciar problemas e alcançar melhores resultados.
Ao refletirmos sobre nossas decisões, aprendemos com nossos sucessos e falhas, melhorando nossa capacidade de resolver problemas futuros. Sem esse processo de aprendizado e adaptação, o progresso de uma organização fica limitado e se torna dependente dos heroicos esforços de uma minoria ou da própria sorte.