GD direciona pessoas para algumas práticas fundamentais
Toda empresa sonha em ter um sistema em que todos, do porteiro ao CEO, identifiquem e resolvam problemas todos os dias, tornando a companhia cada vez mais produtiva, econômica e com maior agregação de valor aos clientes.
Esse é, inclusive, um dos propósitos da gestão lean. Claro que não se trata de uma coisa fácil de se fazer.
Muitas organizações tentam promover treinamentos e práticas, visando estimular a melhoria contínua, com participação de todos. No entanto, em vários casos, isso se perde, conseguindo pouco engajamento, principalmente se forem iniciativas desconectadas do dia a dia e das rotinas das equipes.
As pessoas se acostumam com imperfeições e problemas nos processos cotidianos. E de vez em quando, participam de grupos para resolverem problemas esporádicos. Isso faz com que a melhoria seja encarada como algo ocasional.
No sistema lean, a identificação e solução de problemas tomam uma dimensão bem diferente do tradicional. O primeiro objetivo é manter a estabilidade, ou seja, manter os processos funcionando conforme planejado, atingindo as metas estabelecidas. O segundo, buscar constantemente melhorar esses processos, cotidianamente.
Isso é sistematizado através do Gerenciamento Diário, também conhecido pela sigla GD, uma série de conceitos e práticas lean que, em resumo, tem como propósito fazer com todos na empresa trabalhem para identificar problemas e, mais importante, busquem soluções assim que esses sejam identificados – gerando soluções rápidas, efetivas e definitivas (inscreva-se para a live gratuita sobre GD, dia 11 de novembro, às 18h, https://bit.ly/3AiINai).
Para tanto, o GD direciona as pessoas a algumas práticas fundamentais.
Para identificar problemas, o primeiro passo é ter bem claro qual é o padrão, com definições de como o trabalho deve ser feito de forma segura, produtiva e com qualidade. O segundo passo é ter metas bem definidas, desdobradas para cada área a partir das metas gerais da companhia.
Qualquer desvio, identificado através de controles visuais, deve ser imediatamente sanado pela própria equipe, contando com uma cadeia de ajuda formada pelo superior imediato e áreas de apoio.
Esse é o primeiro nível de tratamento de problemas, chamado de contenção, pois atua rapidamente e evita que o desvio continue ocorrendo. Problemas recorrentes de não atingimento do padrão devem ser analisados num segundo nível do GD, através da identificação de causas raízes e melhoria dos processos.
Com mecanismos simples, como esses praticados através do GD, a identificação e solução de problemas se incorpora ao dia a dia das pessoas. Melhorar passa a ser parte integrante do trabalho de todos e não algo à parte.
Existem outros formatos e nomes para rotinas que têm os mesmos objetivos que buscamos no sistema lean com o GD, o que, no fundo, resume-se a: estabilizar processos, atingir as metas definidas e melhorar. O difícil é manter a disciplina e participação de todos, o que depende de como essas práticas são formatadas, implantadas e mantidas.
Um importante guia sobre como fazer isso acaba de ser lançado. Trata-se do livro “Gerenciamento Diário para executar a estratégia”, de José Roberto e Robson Gouveia, especialistas com décadas de experiência no tema em diversas empresas. O livro detalha todo o processo necessário para se implementar de forma eficiente um GD e exemplifica, com casos de diversos setores, como o GD pode ser bem utilizado e sustentado, trazendo ganhos relevantes (já em pré-venda, com recebimento a partir de 25 de outubro, https://bit.ly/3lmiITk).
No atual contexto, cada dia mais instável, problemas se tornam ainda maiores, diversos e complexos. O Gerenciamento Diário é fundamental nesse cenário, pois sistematiza a cultura de resolver problemas rapidamente.
É algo simples, mas difícil de ser bem aplicado, pois exige disciplina. E por isso merece toda a atenção dos gestores, que precisam se envolver pessoalmente na promoção e sustentação desse processo.